terça-feira, novembro 15, 2011

Aula LUZ E SOMBRA



Vídeo sobre Luz e Sombra com Daniel Brandão Daniel Brandão - Luz e Sombra
 Tutorial de Luz e SombraTutorial Luz e sombraSegunda aula do estágioLuz e sombra no desenho  
View more presentations from Crischuster

Aula LINHA

LinhaPrimeira aula do estágio, sobre linha:Desenho cego; Caracaterístias da linha.
View more presentations from Crischuster

quarta-feira, agosto 17, 2011

Janelas do Mundo


O artigo Janela Baça: a Bienal de São Paulo e seu formato recente, escrito pelo professor Roberto Luís Torres Conduru em 1998, aponta as transformações ocorridas na Bienal desde sua criação nos anos 50, focando, principalmente, na 22ª e 23ª edições, dos anos de 1994 e 1996, respectivamente.
O artigo traça um breve panorama das Bienais, começando pela sua criação, nos anos 50, como uma mostra internacional de arte contemporânea; suas edições mais significativas; os artistas internacionais e nacionais que fizeram parte das mostras, integrando o local ao universal, a Bienal como a “grande janela da arte no Brasil”. Passando pelos anos 60, a crise política e social, tanto local, como mundial, reflete também nas artes e, consequentemente, afeta as Bienais do período de forma drástica, com vários países recusando-se a participar da Bienal de 1969. Da crise surgem as inovações, a Bienal a partir dos anos 80, já com a figura do curador, inspirada na Documenta da Kassel, abandona, temporariamente, o caráter competitivo, e passa a se organizar pela “analogia de linguagens” e pautada por temas. No início dos anos 90, com inscrições universais, a 21ªBienal, considerada a mais polêmica de todas e que protagonizou uma de suas piores crises.
A partir desse momento, o artigo se debruça mais detidamente nas transformações ocorridas a partir da 22ª e 23ª Bienal: o novo formato tripartite, uma mostra organizada por curadores tendo como base regiões ao invés de países. É a partir da análise mais detalhada dessas duas Bienais que o autor faz seus comentários mais contundentes. Ao mesmo tempo em que ele aponta as transformações necessárias ao novo formato da Bienal, enquanto instituição, administrada por uma Fundação, e enquanto exposição, tecendo uma crítica feroz ao pouco efeito que essas mudanças trouxeram a efetiva consolidação da Bienal como espaço de discussão sobre a criação artística e a linguagem da arte contemporânea. A crítica do autor parte da grandiosidade da bienal como forma de espetáculo de massa, passando pela diversidade de públicos que pretende atender, pelas questões políticas na “escolha” dos artistas que participam das mostras, pela configuração em espaços geográficos sem a devida reflexão sobre a “arte como instância da representação geopolítica”, pelos números astronômicos (público, artistas, obras, curadores, patrocinadores, cifras, público), pelos temas que mais confundem do que auxiliam, do “palavrório” desmedido. 
Ao apontar de forma tão eloquente os problemas enfrentados pelas Bienais de São Paulo o artigo levanta a questão do seu gigantismo, incentivado pelo Estado, como um dos principais obstáculos a sua fruição. Ao defender “Qualidade, portanto, ao invés de quantidade” leva em conta que se por um lado as Bienais democratizaram o acesso do público leigo à arte contemporânea, “ampliando o horizonte cultural das pessoas”, tirando a arte dos museus, por outro fez com que esse mesmo público muitas vezes se perca em sua imensidão e não consiga estabelecer as relações entre as obras, se houver. Além disso, essa proporção homérica deu à Bienal uma visibilidade no panorama artístico mundial.
Com os questionamentos apontados pelo autor no final do artigo, apontam alguns caminhos possíveis, que poderiam ou não ser aproveitados nas Bienais subsequentes. Como exemplo pode ser a questão educativa, de formação de público, que é hoje uma das grandes preocupações da Fundação Bienal. O artigo serve como porta de entrada para a reflexão não apenas sobre a Bienal, mas sobre arte contemporânea, relações de poder, política e democratização do conhecimento. 
Críticas ou elogios, espetáculo ou não, sem as Bienais de São Paulo a arte ainda não teria chegado ao grande público, e, ainda, deixando de lado a produção de artistas contemporâneos, menos visíveis no cenário das artes plásticas. Invejo colegas e demais que moram em grandes centros pelo acesso privilegiado que tem às exposições e eventos de arte, teatros, cinema. Em cidades pequenas e distantes das regiões metropolitanas, uma Bienal fica um tanto abstrata, embora haja meios de visita-las virtualmente, não tem o mesmo efeito que ver um esplendor de todo um cenário e obras pessoalmente. Vejo as Bienais como divulgação e instrumento de revolução constante na arte. E a menção que se faz a elas como janela, penso que seja a mais acertada. Embaçada ou não, é uma janela de acesso a esse mundo constantemente mutável e apaixonante.

Sites de pesquisas/ referências bibliográficas:

A janela baça: A Bienal de São Paulo e seu formato recente. Revista Novos Estudos. Edição 52, ano 1998. Disponível em

Bienal de São Paulo. Disponível em

Roberto Luis Torres Conduru. Disponível em

sexta-feira, agosto 12, 2011

Desenhos de Justin Beever


Esse cara continua a surpreender as pessoas com desenhos de giz em 3D sobre calçadas e leito de ruas.  Difícil de acreditar que estes são desenhados em uma superfície lisa de calçada FLAT.






























Não canso de ver...

domingo, julho 17, 2011

O ensino de Arte no Brasil


1816 - Durante o governo de dom João VI, chega ao Rio de Janeiro a Missão Artística Francesa cria a Academia Imperial de Belas Artes e é instalado oficialmente o ensino de Arte nas escolas, seguindo os modelos europeus.. 

1900 - Até o início do século 20, no ensino do desenho são valorizados o traço, a repetição de modelos (cópias) e o desenho geométrico. 

1920 - Esboçou-se o movimento chamado Escola nova .Foi uma época de crescimento industrial e expansão urbana. Um grupo de intelectuais percebe a educação como o elemento-chave para promover a remodelação requerida e combater às desigualdades sociais da nação.

1922 - Época da Semana de Arte Moderna, mas o ensino segue as tendências da escola tradicional, copiando modelos para treinar habilidades manuais.

1930 - O compositor Heitor Villa-Lobos cria o projeto de canto orfeônico nas escolas e são formados corais, que memorizam letras de músicas de caráter folclórico e cívico. 

1932 – O movimento Escola Nova ganhou impulso com a divulgação do Manifesto da Escola Nova. O documento, defendia a universalização da escola pública, laica e gratuita. Fernando de Azevedo, professor, educador, crítico, ensaísta e sociólogo brasileiro foi o redator e o 1º signatário do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova (A reconstrução educacional no Brasil que lançou as bases e diretrizes de uma nova política de educação.

1935 - O escritor Mario de Andrade promove um concurso de desenho para crianças com tema livre.

1948 - É criada no Rio de Janeiro a primeira "Escolinha de Arte", com a intenção de propor atividades para o aluno desenvolver a auto expressão e a prática, chegando em 1971 a 32 o número de instituições particulares desse tipo no país.

1960 - O movimento da bossa nova, influencia o ensino de Arte nas escolas de todo o país. É a época da tendência da livre expressão se expandir pelas redes de ensino.

1971 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), institui a Educação Artística (Artes plásticas, Educação musical e Artes cênicas) como currículo escolar do Ensino Fundamental e Médio.

1973 - Criação dos 1ºs cursos de licenciatura em Arte, com dois anos de duração, formando professores para lecionar música, teatro, artes visuais, desenho, dança e desenho geométrico.

1989 - Desde 1982 desenvolvendo pesquisas sobre três idéias (fazer, ler imagens e estudar a história da arte), Ana Mae Barbosa cria a proposta triangular, que inova ao colocar obras como referência para os alunos. 

1990 - Fernando Hernández defendeu o estudo da chamada cultura visual (videoclipes, internet, histórias em quadrinhos, objetos populares e da cultura de massa, rótulos e outdoors nas salas de aula). No Brasil, Ana Mae Barbosa formulou a metodologia da proposta triângular. 


  A LDB passa a considerar a Arte como disciplina obrigatória da Educação Básica. Os Parâmetros Curriculares Nacionais definem a composição da disciplina em quatro linguagens: artes visuais, dança, música e teatro.
Os conceitos que orientam as aulas de arte evoluiram. O ensino de Arte passou por muitas transformações ao longo da história. As principais tendências da arte foram a tradicional, Unânime na maneira de ensinar desde o fim do século 19 até a década de 1950. 

Só nos anos 1960, com o surgimento do movimento da Escola Nova, idéias modernizadoras começaram a influenciar as aulas de Arte. Na época, a proposta era romper totalmente com o jeito anterior de trabalhar. Esse modelo foi batizado de escola espontaneísta (ou livre expressão), os professores forneciam materiais, espaço e estrutura para as turmas criarem e não interferiam durante a produção dos estudantes. Tudo para permitir que a arte surgisse. 

No entanto, a Escola Tradicional ainda está presente em muitas escolas, onde o aprendizado se baseia nas técnicas e desenvolvimento de habilidades manuais. A estratégia de ensino é a repetição de atividades, cópia de modelos e memorização. O professor é o transmissor do conhecimento. O aluno deve absorver o que é ensinado sem espaço para a contestação e bem avaliado quando consegue reproduzir com rigor as obras artísticas. 

Nas mudanças surge a Arte Contemporânea que veio provocar, reflexões, estranhamentos e encantamento pelas suas obras que não se baseiam em regras ou estilos artíscos. Cada obra é única, peculiar de cada artista que utiliza de materiais e técnicas diversas. Esta tendência artística é expressiva e marcante, fazendo o apreciador (aluno) parar e descobrir o significado que está nela representada, sejam telas, esculturas, instalações, fotografias, tecnologia digital, etc... 

Educação


"A educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tão pouco a sociedade muda."

Paulo Freire

Panorama Histórico do ensino de Arte no Brasil



     Podemos dizer, segundo Fusari e Ferraz, que duas são as vertentes para educação em arte: idealista liberal e realista progressista. Na tendência idealista liberal, a educação por si só poderia garantir a aconstrução de uma sociedade mais igualitária e democrática. São escolas dessa tendência: Escola Tradicional, Escola Renovada Progressista, Escola Renovada Não-Diretiva, Escola Tecnicista. Na tendência Realista Progressista, discute-se as contrubuições da escola para a conscientização do povo. São elas: Escola Libertadora, Escola Libertária, Crítico-Social dos Conteúdos. 


Antecedentes históricos

A educação jesuítica, no período colonial, enfatizava mais a literatura do que as belas artes. No século XXI, no período imperial, com a chegada da missão francesa, e a instalação da Academia de Belas Artes, copiavam-se as escolas europeias e a proposta estética era neoclássica. Nesse período a aprendizagem era baseada na mimese, cópia de modelos, através de exercícios de repetição mecânica. O neoclássico surge no Brasil com o Barroco e o Rococó, através das esculturas de Aleijadinho. Enquanto na Europa o neoclássico surge em oposição ao Barroco e ao rococó, buscando inspiração na arte greco-latina e renascentista, no Brasil, o Barroco é tido como “menor” e o neoclássico como uma concepção burguesa.


Arte na escola tradicional

O marco de início da escola tradicional no Brasil é a República. Rui Barbosa, por influências estrangeiras, copiava e transcrevia modelos sem nenhuma preocupação com a cultura nativa. O desenho tinha um caráter utilitário e estava vinculado ao progresso industrial e a preparação para o trabalho. Havia o predomínio da concepção neoclássica e as cópias e exercícios de repetição eram comuns e visavam o aprimoramento e a destreza. Na escola tradicional a ênfase era no domínio dos conteúdos e o que importava era a produção e não o processo.


Arte na escola nova

A escola nova ou Ativa surge no Brasil em 1930 e sua disseminação se dá entre os anos 50-60. É o período que se valoriza a livre expressão, liberta da influência de cânones, padrões e modelos de arte. É um período bastante fecundo e muitos teóricos: Dewey, Lowelfeld, Cizek, Read, pensam a arte e criam teorias. Surgem as escolinha de arte. No Brasil, a arte se desenvolve em espaços extra-escolares, em algumas escolas que se baseiam na expressão da liberdade criadora individual e no papel do indivíduo na sociedade. A ênfase na auto-expressão e a criatividade, com influência dos paradigmas da arte moderna, da psicologia, da psicanálise, da antropologia. O princípio do desenvolvimento e o “aprender a aprender” são mais importantes do que os conteúdos. A aprendizagem pela descoberta, o aprender fazendo, a pesquisa, a solução de problemas. A educação é centrada no aluno e o professor tem a função de facilitador da aprendizagem. 


Arte na escola tecnicista

A escola tecnicista surge nos EUA a partir de 1950, mas no Brasil surgiu entre 60 e 70, e tinha como principal função afinar os interesses da sociedade industrial à preparação dos alunos para esse mercado de trabalho. O behaviorismo, base psicológica da proposta, visava adequar o comportamento dos alunos às normas da escola através de estudos dirigidos, mecânicos e racionais. Nesse período a arte não era considerada uma disciplina, mas como “área generosa”. O forte da proposta era o “aprender a fazer”. Acreditava-se na neutralidade científica, com ênfase no uso de manuais, módulos, tecnologia industrial e auto-instrução. O professor responsável pela eficácia e eficiência tinha um papel técnico, “neutro”, “imparcial”.


Arte na escola libertadora

Seguindo as propostas da escola ativa, a escola libertadora: ações interdisciplinares em torno de um tema gerador, práticas não diretivas, conteúdos da arte popular com cunho político e social. Paulo Freire foi o grande nome dessa escola e defendia a conscientização do povo. A ênfase era de uma escola não-formal e crítica, buscando a transformação da sociedade. A postura do professor é de uma relação dialógica com os alunos. A aprendizagem se dava a partir da problematização que visava a tomada de consciência e a militância política. 


Escola Libertária

A principal proposta da escola libertária era a autogestão e a não diretividade do processo educativo, com autonomia de professores e alunos. Os conteúdos são definidos pelas necessidades do grupo e o professor tem a função de conselheiro ou monitor. “O importante era crescer em grupo, conforme as próprias aspirações e necessidades, em práticas antiautoritárias.”


Escola crítico-social dos conteúdos

Final dos anos 70, retomam-se os estudos teórico-críticos, buscava-se uma escola pública e de qualidade para que os alunos tivessem acesso aos conteúdos fundamentais para sua formação. A escola crítico-social dos conteúdos “valida a experiência dos alunos com os conteúdos acumulados e em produção para a participação social e exercício para a cidadania”. O papel do professor está diretamente imbricada com sua atuação política e social. Proposta de Libâneo, o professor deve “saber, saber ser e saber fazer” pedagógico. O professor, autoridade competência, passa a ser um mediador entre a experiência do aluno e o saber, sendo responsável pelo processo de ensino-aprendizagem. Parte-se do que o aluno sabe para o saber sistematizado somado à prática social concreta.


Arte na escola construtivista

A partir dos PCNs, Arte passa a ser componente curricular obrigatório, em quatro linguagens: artes visuais, dança, música e teatro. Os eixos de aprendizagem significativa em artes são três: o fazer artístico, a apreciação e a reflexão sobre a arte como objeto sociocultural e histórico. Os temas transversais passam a ser trabalhados interdisciplinarmente. A aprendizagem é construída pela resolução e criação de problemas, interpretação, convívio com as dúvidas. “Construção, relativismo e interação são fatos da aprendizagem”. Conteúdos estão diretamente relacionados com sua utilidade social e formação para cidadania. Os conhecimentos prévios dos alunos servem de base para novas aprendizagens. A escola faz parte de uma rede em que outras instituições trabalham em parceria para uma educação inclusiva e participativa. O professor é responsável pela aprendizagem dos alunos, através de planejamentos de atividades, que desenvolvam o aluno integralmente visando o crescimento e aprendizagem significativas. 


Referências Bibliográficas:
¹IAVELBERG, Rosa. Para gostar de aprender arte: sala de aula e formação de professores/ Rosa Iavelberg. – Porto Alegre; Artmed, 2003.
 

. Copyright © 2011 Design By Eduardo