quarta-feira, julho 06, 2011

Volume


 O Lavrador de Café, 1939
Cândido Portinari


O Lavrador de café, de Candido Portinari, trata-se de um negro, trabalhador, que vende sua força de trabalho. O negro é escolhido pelo pintor como o símbolo da classe proletária. Segundo Annateresa Fabris, no livro Portinari, "o preto é o elemento que melhor se presta à identificação com o proletariado, pois, além de ser marginalizado socialmente, é o que passou pelo estado escravagista de forma direta".
Tem aspecto tridimensional pois se utiliza de mais de um plano.
Em primeiro plano, está o lavrador, preenchendo quase todo o campo visual., sendo usadas cores mais fortes, escuras e que se diferenciam completamente das cores claras do plano de fundo. Tem-se a percepção clara do espaço na obra, que tem o lavrador negro como protagonista, que está situado em um plano superior a todo o resto da paisagem, logo, de onde está deve-se ter a visão panorâmica de toda a extensão (ou de grande parte) da fazenda.
Em segundo plano, usando linhas diagonais (como o da locomotiva a vapor que corta o cenário), verticais (como a plantação de café em linhas bem organizadas) e horizontais (linha do horizonte) percebemos a perspectiva, ou seja, a noção de profundidade dada à obra pelo artista. Tem-se a perfeita percepção de que o segundo plano encontra-se distante do lavrador pelas proporções dos elementos entre si.
O volume é criado pelas linhas dispostas em diferentes direções e o contraste da luz e sombra (degradê de cores), destacando os elementos mais importantes e obscurecendo os secundários.
As cores usadas vão dos tons pardos a cores claras, quase pastéis.

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